Ao longo da minha graduação busquei explorar ao máximo a diversidade das especialidades médicas, não me restringindo a uma área específica. Através desse contato compreendi que apesar da diferença quanto ao conteúdo abordado, havia algo em comum entre todas elas que era estar diante do ser humano e sua complexidade que vão além da enfermidade. Essa pluralidade despertou o interesse em buscar o conhecimento que integrasse as diversas esferas do homem e que permitisse a construção da sua biografia como sujeito.
A especialidade dedicada a esse campo de estudo era a psiquiatria, logo, tornando-se o caminho escolhido. Fiz a residência médica no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE-UERJ). Foram três anos de muito aprendizado, entre enfermarias, plantão de emergência, ambulatório geral e de especialidades (psiquiatria geriátrica, dependência química, infanto-juvenil), neuromodulação, sessões clínicas e atuação em saúde mental na atenção primária do Rio de Janeiro.
Após me tornar psiquiatra optei por fazer um ano adicional em psiquiatria da infância e adolescência para me aprofundar e adquirir o conhecimento necessário para oferecer um acompanhamento de qualidade para essa população especial. Além disso, realizo assistência psiquiátrica na Clínica Revitalis e presto atendimento presencial e online no meu consultório particular.
Não atendemos plano de saúde
Psiquiatra e Psiquiatria da infância e Adolescência.
CRM 1159690/RQE 51322
Com dedicação e profissionalismo é possível tratar os transtornos mentais reduzindo o sofrimento e restaurando o equilíbrio das pessoas que nos procuram
O que esperar do atendimento:
A consulta médica é um espaço sigiloso, privativo e de interação entre o examinador e a pessoa que busca ajuda. A duração é de aproximadamente 1 hora onde nesse tempo é realizado a anamnese médica que consiste inicialmente na identificação do sujeito, explorar as características da enfermidade a partir dos seus principais sintomas e como isso está afetando a sua rotina, avaliar as comorbidades clínicas e as possíveis relações com o adoecimento psíquico, conhecer o histórico familiar que pode fornecer informações relevantes, compreender a qualidade das relações com o trabalho, consigo, seus familiares e o meio em que vive.
A partir de uma história detalhada é elaborado o planejamento terapêutico que tem como preceito uma visão holística integrando o biológico, psicológico, social e espiritual. É importante ressaltar que a abordagem é pautada no atendimento acolhedor, humanizado, sem julgamento e através da escuta ativa sendo a ética médica a base de toda entrevista.
O acompanhamento é longitudinal, em geral, com consultas mensais para avaliar o planejamento proposto e se houve melhora nesse período, bem como intervir em caso de não resposta ou efeitos colaterais. Há casos em que o tratamento é contínuo, para outros tem início, meio e fim. Priorizo uma fácil comunicação e horários flexíveis de atendimento para que durante o período de recuperação e manutenção da estabilidade clínica a pessoa se sinta segura. O processo de redução até a retirada do medicamento é feita com cautela sempre atento aos sinais de recidiva de qualquer sintoma.
Aqui estão algumas das perguntas mais comuns que recebo em meu consultório:
Os estudos científicos avançaram e hoje estão disponíveis diversos medicamentos que fazem parte do planejamento terapêutico dos transtornos mentais. Existem sim medicamentos que causam dependência, como por exemplo a classe dos benzodiazepínicos (clonazepam, alprazolam, diazepam). Porém a dependência ocorre quando o uso for prolongado sem supervisão médica. Uma prescrição com indicação baseada em evidências científicas, objetivos determinados, acompanhamento adequado e as devidas orientações fazem com que esse problema seja evitado.
Sim, o primeiro passo é identificar por qual motivo foi feito uso prolongado de um medicamento que tem sua indicação para quadros agudos. Foi para atenuar sintomas de ansiedade? Reduzir sintomas depressivos? Dificuldade para dormir? Identificado a principal questão que fez o medicamento ser usado, faremos o tratamento para esse quadro sempre seguindo os pilares científicos e éticos da medicina. Paralelamente podemos reduzir a dose do Rivotril de forma gradual até a sua suspensão total.
Não, quando falamos de tristeza estamos nos referindo ao estado emocional típico do ser humano, todos ficamos triste em determinados momentos ou etapas de nossas vidas. A depressão é uma doença médica que vai além do humor triste acometendo o organismo como um todo. Encontra-se nesses quadros a perda do prazer em suas atividades diárias, alteração do sono e apetite, prejuízo na concentração, sensação de fadiga e cansaço, pensamentos de menos valia ou relacionados a morte. Esses sinais e sintomas precisam estar presentes por mais de duas semanas e na maior parte dos dias.
Sim, a ansiedade é um mecanismo fisiológico fundamental, sua função é permitir o reconhecimento de um ambiente ou situação inadequada em que você precise evitar ou se defender. Porém, quando nos referimos aos transtornos de ansiedade essa função está desregulada, havendo uma resposta exagerada e permanente mesmo não existindo uma ameaça externa. Os sintomas mais comuns são preocupações exageradas com as diversas áreas ou situações da vida (trabalho, saúde, família, julgamentos), medos excessivos, sintomas físicos (taquicardia, sudorese, sintomas gastrointestinais) ou permanecer com dúvidas intensas impedindo a tomada de decisão. Esse conjunto de sintomas impacta de forma substancial a vida do indivíduo prejudicando seus relacionamentos, atividade ocupacional e saúde física.
O medicamento é uma ferramenta que o médico utiliza para reduzir os sintomas disfuncionais, mas as consultas vão além das orientações farmacológicas. O adoecimento psíquico envolve as esferas biológicas, psicológicas e sociais. É dever do psiquiatra construir a biografia do sujeito e não focar apenas nos sinais e sintomas da doença mental.
Infelizmente nos deparamos com comentários do tipo: “É só você ocupar sua cabeça que isso passa”, “Falta força de vontade para você superar isso” ou “Na minha época depressão não existia”. Com informação podemos combater esses tipos de comentários para que as pessoas consigam ter acesso ao tratamento que merecem e com qualidade sem haver discriminação com o sofrimento alheio.
Em até 24 horas!
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